22 DE MAIO - DIA DE SANTA RITA DE CASCIA-1381-1457 - DE SANTA JÚLIA-Século V E DE SANTA CATARINA DE GÊNOVA-1447-1510



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Jacareí, 22 de dezembro de 1993. 
O VIDENTE MARCOS TADEU VÊ SANTA RITA DE CÁSSIA PELA PRIMEIRA VEZ

No dia 22 de dezembro de 1993, Marcos viu Santa Rita de Cássia na Matriz da Imaculada Conceição, no mesmo Altar a Ela dedicado, que se encontra à direita de quem entra. Nossa Senhora o havia avisado desta Aparição dias antes. Depois da Missa da manhã, dirigiu-se ao altar de Santa Rita e começou a rezar o Santo Rosário. Na Igreja não havia mais ninguém naquela hora.

Eis que Santa Rita chegou, no meio de uma forte Luz, toda de branco com uma Coroa de Flores na Cabeça. Parecia uma esposa muito bela. Sorriu para ele, cumprimentou-o. Estava com as Mãos postas e um Terço de contas brancas que Lhe pendia do Braço direito.

Depois de saudar com:

"- Louvados sejam Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria Santíssima!"

Começou a dialogar com o jovem Marcos Tadeu. Confiou-lhe uma Grande Mensagem e depois pediu-lhe que não A divulgasse a ninguém antes que Nosso Senhor e Nossa Senhora dessem permissão para isto. Até o momento, esta Mensagem continua em sigilo, entre Marcos e o Céu.

Do que se trata? O que esta Mensagem tem de tão importante? Em breve saberemos, pois Nossa Senhora em 1999 disse a Marcos que a hora de revelar esta Mensagem Secreta está chegando. Ela foi escrita por Marcos em dezembro de 1993 mesmo, para que ele não corresse o risco de esquecê-La. Esta Mensagem não faz parte dos TREZE SEGREDOS que Nossa Senhora lhe confiou, mas é como uma introdução aos mesmos.

No final da Aparição, Santa Rita de Cássia sorriu para o escolhido dos Dois Sagrados Corações de Jesus e Maria, e lhe pôs na testa uma pequena Cruz marrom, que apareceu em uma de Suas Mãos, avisando-o de que haveria de sofrer muito, mas que conseguiria superar todas as dificuldades com a Graça de DEUS e de Nossa Senhora.

Ninguém presenciou a Aparição, porém, no mesmo dia Marcos contou que Santa Rita lhe aparecera e que lhe havia dado uma Mensagem Sigilosa, garantindo assim a autenticidade de seu testemunho futuro.


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Jacareí, 8 de abril de 2007

MENSAGEM DE SANTA RITA DE CASCIA ou CÁSSIA


"-Marcos... Marcos bem aventurado Eu RITA DE CÁSSIA, serva do SENHOR e de MARIA SANTÍSSIMA, RITA das DORES e das ANGÚSTIAS do SENHOR e da SENHORA, dou-te hoje a Minha benção e à todos que aqui estão também a Minha benção... Amai a Paixão de JESUS, venerai-a mais, contemplai-a mais. Fazei especialmente nas sextas-feiras especial reverência à Paixão de JESUS e adoração da SANTA CRUZ. Procurai meditar a cada sexta-feira as CHAGAS de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, procurai todas as sextas-feiras também meditar os tormentos da SENHORA DAS DORES. A Paixão de CRISTO é o maior livro de santidade que existe, nela há lições para todos os homens e para todas as situações da vida.

Na Paixão de JESUS Eu achei toda a Minha alegria e toda a Minha Paz... Na Paixão de JESUS Eu achei toda a minha força e todo o Meu Amor... Na Paixão de JESUS e de MARIA eu achei todo o Meu conforto e toda a Minha alegria...

Vós também achareis, se vós vos dedicardes a toda sexta-feira meditar os sofrimentos de NOSSO SENHOR e da MÃE das DORES, nem que seja por pelo menos dez minutinhos.

Procurai... procurai aos sábados consagrar a tarde de sábado à SENHORA das DORES como ELA mesma ontem vos solicitou. Obedecei essas Mensagens da MÃE DE DEUS e tereis a benção de DEUS, nas vossas almas e nas vossas vidas...

Em verdade Eu vos digo, tudo o que pedirdes no sábado à tarde durante a oração e reparação à SENHORA das DORES será concedido, desde que não seja contrário à vontade de DEUS e não leve vossas almas a se afastarem DELE. Tudo que for pedido no sábado à tarde, na oração do sábado à tarde a SENHORA das DORES vos concederá e NOSSO SENHOR JESUS CRISTO vos dará, porque ELE deseja mais do que nunca ver SUA SANTÍSSIMA MÃE consolada-amada por todos os Seus Filhos.

Esse lugar é Santo, o CÉU aqui toca a terra, os Santos e o s Anjos povoam e habitam este lugar noite e dia. Vinde aqui unir-vos a nós na orações para que num só coro adoremos a DEUS, bendigamos o Seu Nome e o nome de Sua MÃE SANTÍSSIMA e os amemos e veneremos com especial afeto, amor e devoção.

Em verdade vos digo, quem defender este lugar ao salvar as almas dos outros, predestinará a sua própria alma à salvação. Eu RITA, Vos defenderei, vos ajudarei sempre, rezai-me mais, lembrai-vos especialmente de MIM, nos dias 22 de cada mês e lembrai-vos especialmente de BENEDITO nos dias 4 de cada, mês com orações especiais. Nestes dias falai mais conosco, rezai-nos, ocorrei aos pés de Nossas Imagens para que ali possamos encher-vos de Graças... Nenhuma Graça será ali negada, tereis acesso livre e pleno a todas elas, colhereis tantas Graças quanto conseguir carregar, quantas Graças conseguirdes colher...

Em verdade Eu digo-vos, imitai-me na aceitação dos sofrimentos e na conformidade com os sofrimentos, com as aflições e angústias desta vida. Esta vida passa rápido e a dor e o sofrimento não durará para sempre se vós souberdes usá-los à vosso próprio proveito e favor aceitando-os como verdadeiros degraus da escada santa, que vos conduzem ao CÉU.

A todos agora abençoamos e desejamos a Paz..."

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JACAREÍ, 22 DE MAIO DE 2011 - FESTA DE SANTA RITA DE CÁSCIA


MENSAGEM DE SANTA RITA DE CASCIA ou CÁSSIA

MENSAGENS DE NOSSA SENHORA E SANTA RITA DE CÁSCIA 
COMUNICADAS AO VIDENTE MARCOS TADEU TEIXEIRA
SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ-SP-BRASIL


MENSAGEM DE NOSSA SENHORA

"-Meus filhos amadíssimos! O Meu IMACULADO CORAÇÃO chama-vos hoje novamente a cultivardes em vós o verdadeiro amor, para que assim a graça divina sempre mais vá crescendo dentro vós até atingir a plenitude.

Cultivai dentro de vós o verdadeiro amor, buscando sempre mais a oração, o recolhimento, o silêncio, a meditação das Nossas Mensagens, a leitura da vida dos Santos. Para que assim, verdadeiramente, a semente do amor divino sempre mais cresça em vós e possa crescer tanto até tornar-se uma frondosa árvore que dá muitos e grandes frutos de santidade.

Cultivai esta semente todos os dias, cuidando dela com amor, regando-a sempre mais com a água vivificante e salutar da oração feita por longo tempo, com muito amor e com profunda... profunda compenetração e sede das vossas almas. Aumentando sempre mais a vida desta semente do verdadeiro amor com boas e santas leituras espirituais, e sobretudo, fazendo as Santas Horas de Oração que Eu vos dei aqui, que fazem com que a semente do verdadeiro amor cresça sempre forte, sempre vigorosa dentro de vós, e nada, nada possa deter o crescimento dela.

Cultivai dentro de vós o verdadeiro amor, procurando sempre tornar a semente do verdadeiro amor em vós grande e sempre crescendo, protegendo-a de tudo aquilo que quer soterrá-la, sufocá-la, eliminando da vossa vida todos os cuidados excessivos do mundo e também o apego às criaturas e coisas da Terra. Para que assim, a semente do verdadeiro amor não seja sufocada nunca dentro dos vossos corações e possa crescer sempre mais livre, sempre mais forte para que produza muito fruto, para que produza frutos de santidade e vida eterna.

Cultivai dentro de vós o verdadeiro amor, procurando sempre mais renunciar a vós mesmos, à vossa vontade, aceitar a santa vontade de Deus para que então, crescendo cada dia no verdadeiro amor, a vossa alma se torne: grande, forte e sempre mais conforme àquilo que o Senhor deseja de vós e assim os vossos frutos de santidade permaneçam para sempre.

Eu estou convosco Meus filhos e ajudo-vos com as Minhas orações, mas vós também tendes de dar o vosso ‘sim’ e colaborar comigo, em parte depende de vós, da vossa resposta muito daquilo que Eu posso fazer por vós. Por isso Meus filhos, dai o vosso ‘sim’ sem reservas ao Meu Coração, para que Eu possa levar-vos seguramente e velozmente avante no caminho da santificação.

A todos neste momento, abençoo generosamente de CASCIA, de POMPÉIA e de JACAREÍ.

A Paz Marcos, Meu filho mais esforçado, permanece em paz mais querido de Meus filhos!”

MENSAGEM DE SANTA RITA

"-Amados irmãos, Eu, RITA DE CÁSCIA, estou muito feliz por poder vir dar-vos mais uma Mensagem, a fim de ajudar-vos a chegar àquela santidade perfeita e aquele amor mais abrasado por Deus, que Deus deseja de vós, que Maria Santíssima espera de vós e que Eu também quero para vós e à qual quero fazer-vos chegar sem demora para maior alegria do Altíssimo e da Mãe do Senhor!

Eu quero ajudar-vos a chegar a uma grande santidade, por isso desejo verdadeiramente que vós vos deixeis cultivar por Mim como uma flor, como a flor se deixa cultivar pelo jardineiro, jardineira que a cultiva e que não ofereçais resistência nem às Minhas podas, nem também à Minha cultivação.

Deixai-vos cultivar por Mim, permitindo cada dia que Eu vos tome em Minhas Mãos, que Eu vos regue sempre mais com o Meu Amor, com a água das Minhas graças e também ensinando-vos sempre mais a através da oração regardes as vossas almas ressequidas como um deserto, para que elas possam transformar-se em jardins verdes e floridos para a maior glória do Senhor e exaltação do Seu Santo Nome.

Deixai-vos cultivar por Mim, permitindo a Mim que vos conduza sempre mais na oração do coração que é tão agradável ao Senhor e que consiste em renunciar a si mesmo, abrir o coração para Deus e Sua vontade e aceitá-la sempre mais em vossas vidas. Desta forma, rezando com o coração as vossas almas crescerão sempre mais no amor, na alegria, na graça e elas se tornarão viçosas e vigorosas flores que resistirão tanto aos ventos das tentações, quanto aos das tribulações e dos sofrimentos dessa vida. E assim, as vossas almas sempre mais fortes se tornarão firmes no jardim do perfeito amor ao Senhor.

Deixai-vos cultivar por Mim, permitindo a Mim podar-vos todos os dias, cortando fora de vós tudo aquilo que é contrário à vontade do Senhor, todo o amor desordenado de vós mesmos e das criaturas. Para que assim, como se faz com as flores, podando e arrancando delas todos os galhos secos para que ela possa crescer melhor e se desenvolver mais, assim também Eu possa podar-vos sempre, para que as vossas almas cresçam mais e melhor e se desenvolvam mais rapidamente no caminho do perfeito amor ao Senhor e da santidade.

Se vós Me permitirdes podar-vos todos os dias, Eu em pouco tempo arrancarei fora de vós todo o amor desordenado de vós mesmos, do mundo e das criaturas e vos farei crescer sempre mais na santidade, tornarei vossas almas belas, perfumarei as vossas almas com as virtudes mais caras a Deus e à Virgem Santíssima e às mais elevadas e sublimadas virtudes, vos conduzirei a uma grande perfeição espiritual e vos tornarei verdadeiramente irrepreensíveis aos olhos do Altíssimo.

Podando-vos todos os dias, arrancarei fora de vós todo galho seco de apego a vós mesmos, ao mundo e às criaturas, que vos impedem de crescerdes com mais vigor, também arrancarei de vós todas as ervas daninhas que sugam de vós a seiva da força espiritual. Para que então, vós possais dedicar todas as vossas forças somente no serviço do Senhor e no santo ofício, na santa tarefa da salvação das vossas almas e das almas dos vossos irmãos, sem perda de tempo com as coisas vãs deste mundo.

Eu desejo sempre mais conduzir-vos, guiar-vos pelo caminho do perfeito amor, mas muito do que Eu posso fazer por vós também depende de vós, da vossa resposta, do vosso ‘sim’, do quanto vós permitis que Eu aja em vós e em vosso favor. Por isso, permiti-Me queridos irmãos e filhinhos Meus, que Eu possa trabalhar nas vossas almas, que Eu possa podar-vos, que Eu possa conduzir-vos todos os dias.

Por isso peço-vos sempre mais: uma maior docilidade à Minha voz, aos Meus conselhos e que vos deixeis carregar nos Meus braços para que Eu possa entregar-vos santos e purificados nos braços de Jesus e de Maria.

A todos neste momento abençoo, abençoo as vossas rosas, abençoo os vossos terços, abençoo todos os objetos sagrados que vós agora tendes convosco. E peço-vos sempre mais: dizei ‘sim’ ao chamado do amor divino, escolhei o Céu que já vos escolheu. Amai o Céu que vos amou primeiro e vos chamou a estardes aqui para aqui aprenderdes o verdadeiro amor, a santidade que agrada ao Senhor, a caminhardes pela verdadeira estrada que conduz até Deus!

Eu, RITA DE CÁSCIA, Sou vossa defensora, já vo-lo disse tantas vezes! Sou vossa intercessora, protetora, advogada e vossa mestra no caminho do perfeito amor a Jesus e a Maria. Venho do céu para tomar a vossa mão e levar-vos pelo verdadeiro caminho que conduz à vida. Feliz aquele que ouve os Meus conselhos. Feliz aquele que atende a voz da sabedoria, que vos chama desde o mais alto do céu, porque este não morrerá, mas viverá eternamente e alcançará a coroa da vida eterna.

A todos neste momento abençoo generosamente, de CÁSCIA, de ROCCA PORENA e de JACAREÍ...

A Paz Marcos! A Paz Meu mais querido e o mais esforçado dos Meus irmãos. Tenha a Minha Paz. Ficai todos na Paz do Senhor. Até breve Marcos.”

CORPO INCORRUPTO DE SANTA RITA
22 de maio Dia de Santa Rita de Cássia

Rita, filha única de Antonio Lotti e Amata Ferri, nasceu em Roccaporena, a 5 km de Cássia, e foi batizada com o nome de Margarida (MargaRITA) em Santa Maria do Povo, também em Cássia. Seus pais eram "pacificadores de Cristo" nas lutas políticas e familiares entre os Guelfi e os Ghibelini. Deram o melhor de si mesmo na educação de Rita, ensinando-a, inclusive a ler e escrever.
Rita nasceu no ano de 1381 e morreu aos 22 de maio de 1457. Estas duas datas tradicionais foram consideradas corretas pelo Papa Leão XIII quando a proclamou Santa no dia 24 de maio de 1900.
Rita, filha única de Antonio Lotti e Amata Ferri, nasceu em Roccaporena, a 5 km de Cássia na província de Umbria, Itália , e foi batizada com o nome de Margarida (MargaRITA) em Santa Maria do Povo, também em Cássia. Seus pais eram "pacificadores de Cristo" nas lutas políticas e familiares entre os Guelfi e os Ghibelini. Deram o melhor de si mesmo na educação de Rita, ensinando-a, inclusive a ler e escrever. 
Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Diferenciando-se das outras crianças, ao invés de brincar e aprontar as peraltices da idade, preferia ficar isolada em seu quarto, rezando.

Para atender aos desejos de seus pais já idosos, Rita casou-se com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, a princípio, parecia ser bom e responsável. Mas, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita. 

Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança. 

Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana. As duas primeiras investidas para ingressar na Ordem foram mal-sucedidas. Segundo a tradição, ela pediu de forma tão fervorosa a intervenção da graça divina que os seus santos de devoção, Agostinho, João Batista e Nicolau, apareceram e a conduziram para dentro dos portões do convento das monjas agostinianas. A partir desse milagre ela foi aceita. 

Ela se entregou, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Sua fé era tão intensa que na sua testa apareceu um espinho da coroa de Cristo, estigma que a acompanhou durante quatorze anos, mantido até o fim da vida em silencioso sofrimento dedicado à salvação da humanidade. 

Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900. 

A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada no dia 22 de maio, tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente.


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22 de maio - Dia de Santa Júlia

Santa Júlia
Século V

Júlia nasceu no século V, em Cartago. Viveu feliz até que, um dia, os vândalos, chefiados pelo sanguinário rei Genserico, invadiram sua cidade e a dominaram. Os pagãos devastaram a vida da comunidade como um furacão. 

Mataram muitos católicos, profanaram os templos, trucidaram os sacerdotes e venderam os cidadãos como escravos. A vida de Júlia passou do paraíso ao inferno de forma rápida e terrível. De jovem cristã, nobre e belíssima, que levava uma vida tranqüila e em paz com Deus, viu-se condenada às mais terríveis privações. Mas, mesmo vendo trocadas a fortuna pela miséria, a veneração pelo desprezo, a independência pela obediência, enfim, a liberdade pela escravidão, Júlia não se abalou. 

A tradição conta que ela foi vendida para Eusébio, um negociante sírio. Mas a bondade e a resignação da moça, que encontrava na fé cristã o bálsamo para todas as dores, comoveram seu amo, que passou a respeitá-la e exigir o mesmo de todos, nunca permitindo que fosse molestada. Chegou a autorizar até que ela dedicasse algumas horas do dia às orações e leituras espirituais. 

Certa vez, ele viajou para a Europa e, entre os vários escravos que o acompanharam, estava a bela e inteligente Júlia. Na ilha francesa da Córsega realizavam-se festas pagãs quando a comitiva de Eusébio chegou. Ele e todos os demais se dirigiram a um templo dos deuses locais para prestar suas homenagens, mas Júlia recusou-se a entrar. Ajoelhou-se à porta do templo e passou a rezar para que Deus mostrasse aos pagãos a Palavra de Jesus, caminho da verdade. 
A atitude chamou a atenção e chegou aos ouvidos do governador Félix,que convidou Eusébio para um banquete e propôs comprar a escrava Júlia por um preço absurdo, ou trocá-la pelas quatro mais belas escravas do seu palácio. Contudo o comerciante recusou. Enraivecido pela paixão que Júlia despertara, embebedou o comerciante, cercou-o de mulheres exuberantes e tomou a escrava à força, enquanto Eusébio dormia. 
Júlia se manteve firme e não se curvou. Recusou a liberdade oferecida pelo governador em troca do sacrifício aos deuses e de ceder aos seus desejos. Félix, irado, esbofeteou-a até que sangrasse abundantemente pelo nariz, depois mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada como Cristo e atirada ao mar. Quando Eusébio acordou, era tarde. 
Ela aceitou o sofrimento como uma forma de demonstrar a Deus seu amor, contribuindo para que o cristianismo crescesse e desse frutos, sem renegar a sua fé em Cristo, morrendo como seu Mestre. O seu corpo foi encontrado, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona. Depois eles o transportaram para a ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro. 

Santa Julia

Júlia não ficou esquecida ali, seu culto se difundiu e chegou à Itália. No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo Desidério, mandou trasladar as relíquias de santa Júlia para Brescia, propagando ainda mais sua veneração entre os féis. Um ano depois, o papa Paulo I consagrou a ela uma igreja naquela cidade. A festa litúrgica de santa Júlia, a mártir da Córsega, ilha da qual é a padroeira, ocorre no dia 22 de maio.

ALGUMAS IMAGENS DE SANTA JÚLIA:
 
IMAGEM DE SANTA JULIA
EM SUA IGREJA EM BRESCIA
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22 de maio - Dia de Santa Catarina de Gênova
Santa Catarina de Gênova
1447-1510

No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini. 

A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera. 

Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes. 

Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes. 

Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados. 

Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis. 

Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510. 

Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.
Santa Catarina de Gênova - O poder incomensurável da graça de Deus
Favorecida por uma das mais extraordinárias operações de Deus na alma humana, sua vontade como que se transformou na vontade do Criador


A célebre família Fieschi, de Gênova, deu à Igreja dois Papas, nove cardeais e dois arcebispos, e à pátria muitos magistrados e aguerridos capitães. Santa Catarina nasceu dessa família no ano de 1447. Seus pais eram fervorosos católicos e a educaram no santo temor de Deus.
         Desde pequena Catarina foi objeto de copiosas bênçãos do Céu, entre estas a de receber aos oito anos de idade um dom particular de oração e união com Deus. Aos 12, começou a renunciar inteiramente à sua vontade para só fazer a do Divino Redentor, e consagrou-se com afinco às coisas espirituais, meditando continuamente na santíssima Paixão de Nosso Senhor. Quis consagrar-se a Deus num claustro, quando tinha 13 anos, mas não foi admitida devido à idade insuficiente.
         Nessa época, Gênova era teatro de sangrentas guerras entre guelfos (partidários do poder temporal dos Papas) e gibelinos (defendiam o poder do Imperador). O duque de Milão, aproveitando-se do estado anárquico de Gênova, apoderou-se da cidade. Com o estabelecimento da paz e da tranqüilidade, as desavenças entre as famílias rivais foram também se acalmando. Duas famílias nessas condições eram a dos Fieschi e a dos Adorno. Para cimentar uma reconciliação entre elas, foi concertado o casamento de Catarina Fieschi, então com 16 anos, com Julião Adorno. Como em tudo via a mão de Deus, Catarina aceitou essa situação tão contrária aos seus desejos.
O casamento não foi feliz, pois Julião era de temperamento colérico, volúvel e extravagante. Ao contrário de Catarina, amava as pompas e vaidades do século, o luxo, os prazeres. Com isso, concebeu verdadeira aversão à esposa, desprezando-a e ultrajando-a de muitos modos. Agravava essa situação o fato de ser ele um jogador contumaz, que dilapidava no jogo não só sua fortuna, mas também o dote de Catarina. Aos poucos a família foi caindo na pobreza. Apesar de tudo, Catarina era-lhe inteiramente submissa e procurava, pela paciência e virtude, conquistá-lo para Deus.
Desamparada humanamente, parecia que Deus Nosso Senhor deixara a pobre Catarina entregue à sua própria sorte pelo espaço de cinco anos. Os parentes, vendo-a tão maltratada e provada, insistiram com ela para distrair-se e retomar a vida social, o que a levou a trocar visitas com senhoras de sua categoria e freqüentar diversões e festas de seu círculo, tudo com muita moderação. Mas essas iniciativas, ao invés de saciar seu coração, comunicavam-lhe espantoso vazio, situação que durou outros cinco anos.
Gênova, em 1493

Deus mostra quão grande é sua bondade
 Tratado sobre o Purgatório, edição em inglês

         Foi então que sua irmã monja aconselhou-a a consultar o confessor de seu convento, homem piedoso e experiente na vida espiritual. No dia de São Bento do ano de 1473, aos 26 anos, ela procurou aquele sacerdote; e narrou depois que, tão logo se pôs de joelhos no confessionário, “foi objeto de uma das mais extraordinárias operações de Deus na alma humana, de que tenhamos notícia. O resultado foi um maravilhoso estado de alma que durou até sua morte. Nesse estado ela recebeu admiráveis revelações, às quais às vezes se referiu aos que a rodeavam, e que estão sobretudo incorporadas em suas duas celebradas obras – os Diálogos da Alma e do Corpo e o Tratado sobre o Purgatório.(1)
Um de seus biógrafos assim descreve essa graça: “O Senhor dignou-se iluminar sua mente com um raio tão claro e penetrante de sua divina luz, e acender em seu coração uma chama tão ardente de seu divino amor, que ela viu em um momento, e conheceu com muita clareza, quão grande é a bondade de Deus, que merece infinito amor; além disso, viu quão grande é a malícia e perversidade do pecado e da ofensa a Deus, quaisquer que sejam, mesmo ligeiros e veniais”.(2) Nesse momento Catarina sentiu excitar-se em seu coração uma contrição muito viva por seus pecados; e um amor tão grande a Deus, que colocou-a fora de si. Exclamava: “Amor meu, nunca mais hei de ofender-te!”.
         Essa chama ardente consumia seu coração e a levava a um desejo insaciável da santa comunhão. Por isso obteve a graça, raríssima para aquele tempo, de poder comungar diariamente. Sentia-se tão fortificada com o pão dos anjos, que chegava a passar os 40 dias da Quaresma e os do Advento sem tomar outro alimento além de um copo de água misturada com vinagre e sal.
         Para que seu corpo e sentidos estivessem sujeitos e obedientes ao divino amor que a consumia, praticava extremas austeridades. Mal dormia sobre uma enxerga, tendo um pedaço de madeira como travesseiro. Disciplinava-se até o sangue, usava cilícios, e proibiu sua língua de proferir qualquer palavra inútil. Rezava diariamente, de joelhos, durante sete a oito horas.
Nosso Senhor Jesus Cristo lhe apareceu com sua cruz, reduzido ao último estado de sofrimento e irrisão. Imprimiu-se tão profundamente na sua alma a imagem sofredora do Redentor, que ela chorava freqüentemente ao considerar a monstruosa ingratidão dos homens depois do inestimável benefício da Redenção. 
Pela fervorosa oração, converte o marido
         À força de orações, paciência e submissão, Catarina conseguiu converter o marido, que concordou em viver com ela como irmão e secundar suas boas obras. Mudaram-se em 1482 para uma casa contígua a um hospital, no qual ambos cuidavam dos enfermos. Julião entrou para a Ordem Terceira de São Francisco, e depois de penosa enfermidade, tendo recebido todos os socorros da Santa Madre Igreja, entregou sua alma a Deus em 1497.
         Catarina viveu ainda 13 anos, que empregou em orações e obras de misericórdia. Para isso entrou numa associação religiosa, a Sociedade da Misericórdia, constituída pelos mais distintos habitantes da cidade e por oito damas escolhidas entre as mais nobres e ricas de Gênova, com o fim de socorrer os pobres. Catarina ficou encarregada de distribuir as esmolas que a associação angariava. Socorria de preferência os leprosos ou portadores de úlceras gangrenosas, e procurava-lhes habitação, cama, roupa e alimento. Muitas vezes ia às suas casas para lhes prestar os mais humildes ofícios. À força de atos heróicos, conseguiu dominar a repugnância natural a essa hedionda ruína do corpo humano, de maneira a poder cuidar pessoalmente das chagas mais repugnantes.
         Sua dedicação inspirou aos administradores do grande hospital Pammatone, de Gênova, entregar-lhe a administração. Catarina dele se ocupou o resto de sua vida. Essa atividade, porém, em nada a impedia de manter seu coração constantemente unido a Deus.
         Nove anos antes de sua morte, foi atacada por uma doença que durou até seu último suspiro. Os melhores médicos da Itália, sendo homens de fé, declararam que a enfermidade não tinha causa natural, que sua origem era sobrenatural, e que não havia remédio para ela. Freqüentemente deixava-a a dois passos da morte, sofrendo convulsões que a levavam a soltar gritos de dor e faziam tremer os que a viam.
 Autora de um tratado sobre o Purgatório
         As duas obras de grande valor teológico que Catarina deixou foram escritas por obediência a seu confessor. Contêm doutrina muito profunda e inteiramente conforme às verdades de fé.
Nos seus Diálogos da Alma e do Corpo, descreve os efeitos poderosos do amor divino em uma alma e a doce e suave alegria que freqüentemente os acompanham. Tão constante era o seu contacto com as almas do Purgatório, que seu escrito sobre esse lugar de expiação lhe valeu o título de Doutora do Purgatório.
 Corpo incorrupto de Santa Catarina na catedral de Gênova

Faleceu em Gênova com 63 anos, a 15 de setembro de 1510. Seu corpo foi sepultado na capela do hospital, onde permaneceu 18 meses. Descobriram então um filete de água que passava sob a parede do local em que estava o túmulo. Este foi aberto, e o caixão encontrado em condição deplorável. Entretanto, o corpo estava perfeitamente incorrupto. Nos anos 1551, 1593 e 1642 o sarcófago foi sucessivamente removido para outros lugares. Em 1694, ainda incorrupto, foi colocado num escrínio de prata ornado de cristais, sob o altar-mor da igreja erigida em sua honra no bairro de Portoria, em Gênova, a fim de ser visto e venerado por todos.
O corpo incorrupto de Catarina foi examinado cuidadosamente por peritos em 1837 e 1960. O médico-chefe desta última equipe afirmou: “A conservação é verdadeiramente excepcional e surpreendente, e merece uma análise da causa. A surpresa dos fiéis é justificada quando atribuem a isso uma causa sobrenatural”.(3)
Santa Catarina de Gênova
Santa Catarina de Génova
Catarina, chamada pelos contemporâneos de Catarininha, nasceu em Gênova em 1447.Ela era filha de Francisca di Negro e Tiago Fieschi, ambos de famílias italianas ilustres, então vice-rei de Nápoles sob Renato de Anjou.Os fieschi tinham dado a igreja dois papas (Inocêncio IV e Adriano V) e com os Grimaldi chefiavam o partido Guelfo.Catarina desde nova era devotada à vida de oração e penitência e era muito obediente aos seus pais. Quando completou 16 anos de idade, seus pais deram-na como esposa Auguibelino Juliano Adorno, não obstante ela ter pedido, três anos antes, para tornar-se cônega lateranense como sua irmã Limbânia, mas foi recusada pelas freiras por sua pouca idade e desistiu.
Juliano demonstrou ser um homem infiel, irritável e perdulário, que trouxe muita infelicidade para Catarina. Ela persistiu em sua vida de orações e passou os anos devotada e submissa ao marido.A vida desregrada e imoral de Juliano (que tinha cinco filhos naturais) influenciou negativamente Catarina, que embasou os primeiros anos de seu matrimônio no autobiográfico Diálogo da chamada Catarininha entre a alma e o corpo. Junto com o amor próprio reduzido depois ao espírito com a humanidade.
Um dia, após dez anos de casamento, um evento extraordinário acontece. Ela vai a um convento encontrar uma irmã que era freira. Sua irmã lhe aconselhou a confissão. Durante um intervalo em que o confessor não estava presente, um raio de luz Divina penetrou a alma de Catarina e lhe mostrou seus pecados e o Amor de Deus. A revelação foi tão forte que ela perdeu a consciência e entrou em uma espécie de êxtase. Quando o confessor voltou, Catarina apenas murmurou que queria cancelar a confissão e se retirou.
Desde sua visão, seu estado interior pareceu não mais se alterar. Por vinte e cinco anos, apesar das freqüentes confissões, Catarina não conseguia direcionamento espiritual de ninguém. Apenas no fim de sua vida, o Padre Marabotti conseguiu ser seu guia espiritual. Ela explicou para ele seus estados, passados e presentes, e ele compilou suas memórias a partir de um conhecimento pessoal dela.
A Santa imagina uma Alma fazendo com o Corpo este trato: "Sairemos pelo mundo, e se eu encontrar coisa de que eu goste, desfruta-la-ei, você fará o mesmo quando encontrar algo do que goste, e quem encontrar mais gozará mais". Mas a aliança entre o Corpo e o Amor próprio, logo reduz a Alma a mau partido: "À Alma não ficou senão um pequeno remorso, do qual porém nem fazia caso... Esta pobre alma, em pouco tempo se encontrou tão cheia de pecados e ingratidão nas costas, sem ver nenhuma saída, tanto que ficava de cogitação qualquer solução.". Então exclama: "Ó pobre de mim, quem me livrará de tantos ais? Só Deus o pode! Senhor, fazei com que eu veja a luz, para que eu possa sair de tantos laços."
Tiveram o início então as suas experiências interiores nas quais Catarina se inspirou para outra famosa obra, o Tratado do Purgatório, cujo prólogo a declarava "colocada no purgatório do incendiado amor Divino, que a queimava toda e purificava-a de tudo o que tinha a purificar". Catarina concretizou o seu desejo de renovação espiritual e na mortificação e na caridade.
Foi ela que estimulou Heitor Vernazza a transformar a Companhia da Misericórdia em Companhia (e depois Oratório) do Divino Amor, uma iniciativa que se difundiu também em Roma e em Nápoles e que teve como "sócios" São Caetano de Thiene e o futuro Paulo IV. Era a realização de tudo o que tinha escrito no Diálogo: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade".
Em 1497, através de muitas orações, ela consegue a conversão de seu marido, que entra para a Terceira Ordem Franciscana. Eles passam a se devotar ao cuidado dos doentes no Hospital de Gênova. Após a morte de seu marido, logo após sua conversão, ela se devota ainda mais aos doentes. Ela morre em 15 de setembro de 1510, consumida pelos seus trabalhos do corpo e da alma e pelas chamas do Amor Divino. Ela é beatificada em 1675 por Clemente V e canonizada em 1737 por Clemente XII. Seus escritos foram examinados pela Igreja, que declarou que sua doutrina já era suficiente para provar sua santidade. Santa Catarina foi declarada padroeira de Gênova e dos hospitais da Itália.

Santa Catarina de Génova e o Purgatório

Após uma visão do Purgatório, exclama: Que coisa terrível é o Purgatório! Confesso que nada posso dizer e nem conceber que se aproximes sique da realidade. vejo que as penas que lá padecem as almas são tão dolorosas como as penas do inferno.
O Purgatório tem penas, diz a autoridade de Santo Tomás de Aquino, penas que ultrapassam a todos os sofrimentos deste mundo.É o mais horroroso de todos os martírios. E como não hão clamar as benditas almas das profundezas do abismo das chamas expiadoras : - Tende compaixão de mim!
Segundo os teólogos e autores abalizados, as almas do Purgatório sofrem tanto que não há na linguagem humana o que possa traduzir os tormentos terríveis que padecem. Santa Catarina de Génova, chamada a teóloga do Purgatório, a quem Nosso Senhor revelou o sofrimentos da expiação dos justo, diz ser impossível traduzir na linguagem humana e o nosso entendimento não pode conceber tal sofrimento. É preciso uma graça e uma iluminação especial de Deus para compreender estas coisas, dizia a Santa. " É pior que todos os martírios". " As penas do Purgatório são passageiras, não são eternas, diz São Gregório Magno, mas creio que são mais terríveis e insuportáveis que todos os males desta vida". " Se o homem tivesse de suportar os tormentos do Purgatório, a dor o mataria num instante. A alma imortal por sua natureza torna-se mais forte pela separação do corpo orgânico e por isto tem capacidade para tanto sofrimentos". Há dois sofrimentos, duas penas principais no Purgatório : a pena do dano ou separação de Deus, e a pena do sentido, tormento do fogo. 
Nossos sofrimentos aqui, é brisa suave, em comparação dos sofrimentos das almas do Purgatório, e quantas vezes reclamamos , achando que já sofremos muito? lembra-te das pobres almas do purgatório, que sofrem de dia a noite , e sem reclamar, pois sabem, que seus sofrimentos, as purificam ,dos seus pecados perdoados, mas não expiados , então devemos deixar de reclamar tanto, oferecer nossos sofrimentos e dores em expiações dos nossos próprios pecados, e também para alivio das pobres almas do purgatório, que já não podem fazer nada mais por elas.

Sufrágio